sexta-feira, 11 de maio de 2007

A INTERDEPENDÊNCIA GÁS BOLIVIANO/MERCADO BRASILEIRO RESULTA EM ACORDO

* Brasil e Bolívia acertaram a venda das duas refinarias da Petrobras à estatal boliviana YPFB, por US$ 112 milhões, informou ontem à noite o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que a intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações foi fundamental para que se chegasse a um "final feliz".

Segundo Morales, a proposta inicial da Petrobras era de US$ 153 milhões.

O assessor especial do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia, disse em Buenos Aires que haverá um período de transição no qual a Petrobrfas, "para preservar seu nome e credibilidade", deverá trabalhar com assessores da estatal boliviana YPFB.

Ele acrescentou que a empresa brasileira deve se preocupar também com critérios de segurança e, por isso, vai precisar de algum tempo antes de passar a administração das refinarias Gualberto Villaroel, em Cochabamba, e Guillermo Elder, em Santa Cruz de la Sierra, para os bolivianos.

"O Brasil depende do gás da Bolívia. Mas a Bolívia depende do mercado brasileiro", disse Garcia.

A Petrobras decidiu vender as refinarias após a assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no domingo, que concedeu monopólio de exportação de petróleo no país à YPFB e afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia.

Até então, a empresa ainda cogitava permanecer no país como parceira.

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